O rompimento da barragem de rejeitos de mineração no município mineiro de Mariana e o derramamento de produtos tóxicos nas águas do Rio Doce, ocorridas em 2015, ainda têm consequências para os organismos que habitam o Parque Nacional Marinho de Abrolhos, localizado a mais de 1 000 quilômetros de distância. Esse desastre ambiental afetou o fitoplâncton, as esponjas, as algas macroscópicas, os peixes herbívoros e os golfinhos.
FRAINER. G.; SICILIANO, S.; TAVARES, D. C. Franciscana calls for help>[…] International Whaling Commission, Conference Paper, jun. 2016 (adaptado).
Concentrações mais elevadas dos compostos citados são encontradas em
A) esponjas
B) golfinhos.
C) fitoplâncton.
D) peixes herbívoros.
E) algas macroscópicas.
O rompimento, em 5 de novembro de 2015, da barragem do Fundão localizada no município de Mariana/MG foi uma tragédia humana e ambiental.
Uma das etapas do processo de mineração do ferro consiste na separação do produto com valor comercial (o minério de ferro propriamente dito) daquele que não tem utilidade (denominado rejeito). As leis ambientais determinam que, para minimizar possíveis danos ao meio ambiente, o rejeito deve ser armazenado em reservatórios apropriados: as barragens. A barragem do Fundão tinha essa finalidade, ou seja, a contenção de rejeitos.
Segundo dados do Ministério Público Federal, o rompimento provocou, de forma quase imediata, o extravasamento de cerca de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração (ferro, sílica e outros tipos de materiais particulados). Além disso, outros 16 milhões de metros cúbicos continuaram escoando lentamente.
Após percorrer aproximadamente 22 km ao longo do Rio do Carmo, os rejeitos atingiram o Rio Doce e, por meio desse curso d’água, em 21 de novembro, alcançaram o oceano Atlântico na região do munícipio de Linhares/ES.
Além da tragédia representada pela perda de vidas humanas, o rompimento da barragem do Fundão provocou uma série de danos ambientais que se estenderam para áreas muito além do ponto inicial do desastre.
Uma das possíveis consequências está associada à natureza química dos componentes do rejeito. Certos compostos, quando absorvidos pelos seres vivos, seja pela superfície do corpo ou juntamente com água e alimentos ingeridos, podem se acumular no organismo e, então, fluir ao longo das cadeias alimentares. Quando isso ocorre, a concentração dos compostos tóxicos tende a ser mais elevada nos níveis tróficos mais altos. Esse processo é conhecido como magnificação trófica ou biomagnificação.
Muitos organismos poderão morrer como consequência da intoxicação, especialmente os consumidores que ocupam o topo das cadeias alimentares afetadas. A população humana cuja alimentação inclua organismos provenientes desses ecossistemas também pode se intoxicar.
A questão proposta relata a contaminação de organismos aquáticos no Parque Nacional de Abrolhos (situado no estado da Bahia) por compostos tóxicos lançados no ambiente como resultado do rompimento da barragem no município de Mariana/MG.
Alguns desses produtos podem se acumular nos tecidos dos organismos vivos possibilitando a ocorrência do fenômeno da biomagnificação ou magnificação trófica nas cadeias alimentares das quais esses seres participam.
Na biomagnificação, a concentração dos poluentes será maior nos níveis tróficos mais altos. Sendo assim, os produtores (fitoplâncton e algas macroscópicas) exibirão, proporcionalmente, as menores quantidades de compostos tóxicos em seus organismos, enquanto os golfinhos, por serem consumidores situados em níveis alimentares mais altos, estarão sujeitos às maiores concentrações de poluentes em seus tecidos.
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