Botânica: tecidos vegetais

QUESTÃO 1

Considere a situação na qual certa pessoa marca o caule de uma árvore a 80 centímetros acima do nível do solo. Passados dez anos, essa pessoa mede a distância da marca até o nível do solo.

Sabendo-se não ter havido qualquer variação no nível do solo, pode-se afirmar corretamente que

A) o aumento do porte da árvore deve-se exclusivamente à atividade dos meristemas secundários.

B) o aumento do diâmetro do caule é resultado da acentuada atividade mitótica dos tecidos permanentes tais como epiderme e periderme.

C) caso a marca fosse feita a 70 centímetros do solo, após dez anos, sua distância em relação ao chão teria aumentado.

D) passados dez anos, a marca permaneceu à mesma distância do solo pois a árvore em questão exibe apenas crescimento secundário.

E) após dez anos, a marca manteve-se na mesma distância do solo, pois os tecidos que permitem o aumento do porte da planta situam-se no ápice do caule.


QUESTÃO 2

Muitas espécies de árvores exibem em seus troncos uma série de anéis concêntricos produzidos durante as estações propícias ao crescimento (primavera e verão). Como a formação dessas estruturas resulta no aumento do diâmetro do caule, passaram a ser denominados anéis de crescimento. Em regiões com estações bem definidas (clima temperado) esse anéis são bem demarcados e representam ciclos anuais de crescimento. Devido a isso, é possível inferir a idade de uma árvore pelo número de anéis de crescimento. Essa técnica de datação recebe o nome de dendrocronologia.

A dendrocronologia constitui uma ferramenta útil no estudo das mudanças climáticas. A ciência demonstrou que o recente aquecimento global se deve à queima de combustíveis fósseis e liberação de CO2.

O estudo dos padrões climáticos requer a comparação de temperaturas em diferentes épocas, mas os registros cobrem apenas os últimos dois séculos. Pelo exame dos anéis de crescimento de coníferas datadas de meados do século XVI, foi possível investigar se em épocas passadas ocorreram temperaturas elevadas similares à condição atual.

O gráfico a seguir representa o registro do índice de largura dos anéis de crescimento das coníferas analisadas, de 1550 até 1993. Índices mais altos indicam anéis mais largos e, consequentemente, temperaturas mais altas.

A partir da análise dos dados fornecidos e com base nos seus conhecimentos sobre botânica, pode-se afirmar corretamente que

A) os anéis de crescimento observados na amostra I indicam que, por volta do ano 1600, as temperaturas estavam mais altas do que em meados do século XX.

B) as diferenças quanto à largura dos anéis de crescimento observados nas amostras I e II, reforçam a ideia de que o aquecimento global não tem fundamento científico.

C) os anéis de crescimento observados nas coníferas também podem ser encontrados no caule das pteridófitas.

D) os anéis de crescimento resultam da atividade dos tecidos denominados meristemas secundários.

E) os tecidos determinantes da formação dos anéis de crescimento estão presentes em todas as divisões do reino Plantae.


QUESTÃO 3

A figura a seguir destaca alguns detalhes da estrutura corporal de uma angiosperma.

Considerando seus conhecimentos sobre o assunto, pode-se afirmar corretamente que

A) a flor I é provavelmente polinizada pelo vento.

B) a gema apical, indicada por II, é constituída pelos meristemas secundários felogênio e câmbio.

C) III é revestido por um tecido primário uniestratificado e aclorofilado conhecido como epiderme.

D) IV contém tecidos responsáveis pelo crescimento secundário.

E) o ápice da raiz, indicado por V, é revestido por um tecido rico em células clorofiladas.


QUESTÃO 4

As setas na figura a seguir mostram uma das manifestações da doença denominada clorose variegada dos citros (CVC), popularmente conhecida como amarelinho. Essa doença, causada pela bactéria Xylella fastidiosa, atinge todas as variedades de plantas cítricas comerciais (laranjas, limões, limas e tangerinas). A bactéria provoca o entupimento dos vasos responsáveis por levar água e nutrientes da raiz para a copa da planta.

No início da ação de Xylella fatidiosa, as folhas passam a exibir pequenas machas amareladas em sua superfície. Posteriormente, a produção do pomar afetado cai rapidamente, os frutos ficam duros, pequenos e amadurecem precocemente.

O tecido obstruído pela bactéria Xylella fastidiosa é o

A) xilema.

B) floema.

C) parênquima aquífero.

D) parênquima cortical.

E) aerênquima.


QUESTÃO 5

A civilização egípcia antiga utilizava o papiro, precursor do papel, para a comunicação e registro de informações. A matéria prima para fabricação do papiro é proveniente de uma planta de mesmo nome, pertencente à espécie Cyperus papyrus. A parte interna do caule dessa planta era cortada em finas tiras que, após alguns processos (ilustrados na figura a seguir), eram transformadas em meio físico para a escrita.

Considerando que o papiro provém de material retirado da porção interna do caule, não se espera encontrar nessa matéria prima

A) parênquima de preenchimento

B) epiderme

C) xilema

D) floema

E) colênquima


QUESTÃO 6

Phytoscreening: usando as árvores para detectar contaminação do solo por substâncias tóxicas.

Phytoscreening é a técnica por meio da qual amostras retiradas de uma região do tronco denominada alburno são utilizadas como indicadores da ocorrência de contaminação do solo.

O procedimento consiste na introdução de uma sonda fina (increment borer) no tronco para alcançar o alburno e obter a amostra. Como o alburno é formado pelo tecido que conduz a seiva mineral obtida a partir do solo, caso este esteja contaminado, os compostos tóxicos estarão presentes também nessa seiva.

Para a análise, necessita-se de aproximadamente 76 mm do alburno mais periférico, não incluindo a porção mais externa do tronco, isto é, a casca. Em seguida, a amostra coletada é transferida para um recipiente com fechamento hermético e encaminhada para análise.

A presença de contaminantes na amostra obtida a partir do tronco indica que essas substâncias tóxicas estão presentes no solo ou mesmo na água subterrânea.

A figura a seguir ilustra as etapas principais do phytoscreening.

Sobre o processo de phytoscreening e os tecidos vegetais envolvidos, é incorreto afirmar que

A) o phytoscreening é eficaz porque detecta contaminantes presentes na seiva bruta e, portanto, no solo de onde os constituintes da referida seiva foram obtidos pelas raízes.

B) o alburno é uma região constituída por xilema, que é o tecido responsável pela condução da seiva bruta, obtida a partir do solo pelas raízes.

C) o cerne não pode ser fonte de amostras para o phytoscreening por ser constituído por floema, tecido que não conduz seiva bruta.

D) a casca é descartada por não possuir tecido que conduza seiva bruta e, dessa forma, não contribuir para a detecção de possíveis substâncias tóxicas presentes no solo.

E) tanto o cerne quanto o alburno são tecidos lignificados.


QUESTÃO 7

As distintas regiões do corpo das plantas exibem padrões de organização tecidual que dependem, dentre outros fatores, do grupo a que pertencem. As figuras a seguir ilustram a distribuição característica dos feixes de tecidos condutores observada nas angiospermas.

As figuras I e II representam, respectivamente

A) raízes de monocotiledônea e eudicotiledônea.

B) caules de eudicotiledônea e monocotiledônea.

C) caule de monocotiledônea e raiz de eudicotiledônea.

D) raiz de eudicotiledônea e caule de monocotiledônea.

E) raiz e caule de eudicotiledônea.


QUESTÃO 8

Em um estudo, retirou-se amostra de certa variedade de seiva da planta de mamona (Ricinus comunis). A análise da composição dessa amostra de seiva gerou os resultados apresentados na tabela a seguir.

Considerando os dados da tabela e seus conhecimentos sobre tecidos vegetais, pode-se afirmar corretamente que

A) o material retirado constitui uma amostra de seiva elaborada devido à predominância de constituintes orgânicos.

B) a amostra foi retirada do tecido condutor denominado xilema.

C) o tecido responsável por conduzir o tipo de seiva contido na amostra é constituído, na maturidade, por células mortas.

D) a presença de açúcares permite concluir que a seiva presente na amostra foi produzida pela raiz a partir das substâncias retiradas do solo.

E) a lignificação das células caracteriza o tecido que conduz o tipo de seiva presente na amostra analisada.


QUESTÃO 9

A figura a seguir representa o corte transversal em um tronco.

Em relação às estruturas indicadas, pode-se afirmar corretamente que

A) 2 indica o floema secundário, que conduz produtos da fotossíntese.

B) 3 indica o alburno, que é o floema secundário funcional.

C) 1 indica o cerne, que é o xilema secundário não funcional.

D) 4 indica a periderme, que é o tecido de reserva do tronco.

E) o câmbio vascular contribui para o crescimento primário do vegetal representado.


QUESTÃO 10

Fazer uma rosa multicolorida é um processo simples, que produz resultados incríveis. É possível colorir as flores usando o sistema de transporte presente nas plantas vasculares.

Se a haste de uma rosa branca está submersa em água contendo corante solúvel (anilina, por exemplo), essa solução será “bombeada” para as demais partes da flor, como as pétalas. Nas pétalas, a água evapora, mas as partículas do corante permanecem. Uma vez que o tecido que reveste as pétalas é transparente, ele permite que a cor absorvida pela rosa devido ao líquido colorido se manifeste.

A figura a seguir ilustra as etapas básicas para obtenção de uma rosa multicolorida a partir de uma branca.

A partir do processo esquematizado acima é possível afirmar corretamente que

A) o tecido responsável por transportar as soluções coloridas até as pétalas é o floema.

B) o processo de transporte das soluções coloridas até as pétalas seria mais rápido caso o tecido que conduz tais soluções não fosse formado por células vivas.

C) o tecido que conduz as soluções coloridas até as pétalas é formado por células não lignificadas.

D) a alteração da cor das pétalas depende diretamente do tecido responsável pela condução de seiva elaborada.

E) as soluções coloridas são transportadas até as pétalas pelo mesmo tecido que conduz a seiva bruta.


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