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QUESTÃO ENEM RESOLVIDA: ECOLOGIA | INTRODUÇÃO DE ESPÉCIES EXÓTICAS

A extinção de espécies é uma ameaça real que afeta diversas regiões do país. A introdução de espécies exóticas pode ser considerada um fator maximizador desse processo. A jaqueira (Artocarpus heterophyllus), por exemplo, é uma árvore originária da Índia e de regiões do Sudeste Asiático que foi introduzida ainda na era colonial e se aclimatou muito bem em praticamente todo o território nacional.

Casos como o dessa árvore podem provocar a redução da biodiversidade, pois elas

A) ocupam áreas de vegetação nativa e substituem parcialmente a flora original.

B) estimulam a competição por seus frutos entre animais típicos da região e eliminam as espécies perdedoras.

C) alteram os nichos e aumentam o número de possibilidades de relações entre os seres vivos daquele ambiente.

D) apresentam alta taxa de reprodução e se mantêm com um número de indivíduos superior à capacidade suporte do ambiente.

E) diminuem a relação de competição entre os polinizadores e facilitam a ação de dispersores de sementes de espécies nativas.

Os ecossistemas naturais, sobretudo devido às atividades humanas, encontram-se sob forte pressão. As variadas formas de poluição, a expansão das fronteiras agrícolas, o processo de urbanização, de industrialização, a queima de combustíveis fósseis, bem como as atividades extrativistas e de mineração são alguns dos fatores que contribuem para degradar o ambiente natural. A degradação se manifesta de várias formas, dentre as quais está a redução da diversidade biológica, que pode resultar em extinção.

É importante compreender que o termo extinção pode ser utilizado com significados diferentes, dependendo da escala espacial considerada. Simplificadamente, pode-se afirmar que certa espécie está globalmente extinta ou localmente extinta. Há, ainda, o caso de espécies consideradas ecologicamente extintas.

Uma espécie está globalmente extinta quando se comprova não haver nenhum representante vivo em seus hábitats originais em todo o mundo. Mesmo que existam indivíduos vivos em cativeiro ou em outros ambientes controlados pelo homem, a espécie é considerada extinta.

Por sua vez, a espécie não mais encontrada em um (ou alguns) de seus hábitats originais, mas ainda presente em outros ambientes naturalmente ocupados por ela, é classificada como localmente extinta.

Já a espécie ecologicamente extinta é aquela que ainda está presente em seu ambiente natural, mas, por estar em número muito reduzido, os efeitos de suas interações com outras espécies da comunidade biológica é praticamente nulo.

Outro fator que contribui para reduzir a diversidade biológica de um ecossistema é a introdução de espécies exóticas. De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, são exóticas as espécies que ocorrem em ambientes que se situam fora de seus limites historicamente conhecidos, como resultado de dispersão acidental ou intencional por meio de atividades antrópicas.

Espécies exóticas que se reproduzem rapidamente e se espalham de forma agressiva, exibindo alto potencial para provocar danos aos ecossistemas, recebem a denominação de espécies exóticas invasoras.

Um exemplo de espécie exótica invasora é o caramujo-gigante-africano. Esse molusco, pertencente à espécie Achatina fulica foi introduzido no Brasil na década de 1990 como alternativa mais barata ao escargot (Helix aspersa e Helix pomatia). Por não ter agradado ao paladar dos brasileiros, o cultivo desse animal foi abandonado, o que contribuiu para que ele se tornasse uma praga.

O caramujo-gigante-africano compete com as espécies nativas, muitas vezes eliminando-as do ecossistema. São motivos para que isso ocorra, o fato de não possuir predadores e por se reproduzir rapidamente. Além disso, Achatina fulica é hospedeiro de nematódeos (do gênero Angiostrongylus) que causam graves doenças nos seres humanos.

A jaqueira, Artocarpus heterophyllus, é também uma espécie exótica, visto ser proveniente da Índia e de regiões do Sudeste Asiático.  Esse vegetal foi introduzido no Brasil durante o período colonial, adaptou-se bem e se dispersou por quase todo o território nacional.

Os fatores apontados como determinantes da diminuição da diversidade biológica pela introdução de espécies vegetais exóticas incluem, dentre outros, a alteração do solo, a substituição de espécies nativas e a produção (e liberação no solo) de substâncias nocivas aos outros vegetais.

Os ecossistemas estão sujeitos a variados fatores capazes de gerar impactos negativos sobre as suas comunidades. Tais fatores podem provocar a redução da diversidade biológica nativa e a consequente extinção de espécies de vegetais e/ou animais.

As espécies exóticas (ou seja, aquelas que originalmente não pertencem ao ambiente em que foram introduzidas) estão entre os agentes envolvidos nos processos que contribuem para a extinção das formas de vida nativas de um ecossistema.

O vegetal da espécie Artocarpus heterophyllus, popularmente conhecido como jaqueira, é um exemplo de organismo exótico (pois é originário da Índia e sudeste asiático). Essa planta foi introduzida no Brasil no período colonial e se dispersou por quase todo o país.

A presença de espécies vegetais exóticas pode provocar redução da diversidade biológica, bem como a extinção, por alterar a fertilidade do solo, produzir substâncias tóxicas para outras plantas, além de substituir espécies nativas.

A questão proposta solicita o possível motivo para que árvores exóticas, tais como Artocarpus heterophyllus, provoquem a redução da biodiversidade. Como visto, tais plantas podem ocupar áreas de vegetação nativa e substituindo parcialmente a flora original.