
Na investigação de paternidade por análise de DNA, avalia-se o perfil genético da mãe, do suposto pai e do filho pela análise de regiões do genoma das pessoas envolvidas. Cada indivíduo apresenta um par de alelos, iguais ou diferentes, isto é, são homozigotos ou heterozigotos, para cada região genômica. O esquema representa uma eletroforese com cinco regiões genômicas (classificadas de A a E), cada uma com cinco alelos (1 a 5), analisadas em uma investigação de paternidade:
Quais alelos, na sequência das regiões apresentadas, o filho recebeu, obrigatoriamente, do pai?
A) 2, 4, 5, 2, 4
B) 2, 4, 2, 1, 3
C) 2, 1, 1, 1, 1
D) 1, 3, 2, 1, 3
E) 5, 4, 2, 1, 1
A figura apresenta as regiões genômicas (com seus respectivos os alelos) para a mãe, filho e pai. Para cada região genômica há cinco tipos possíveis de alelos. Os alelos, representados como bandas horizontais na figura, são variações da sequência de nucleotídeos das moléculas de DNA que constituem os cromossomos. Portanto, cada um dos indivíduos analisados exibe um par de alelos para cada uma as regiões genômicas consideradas. Além disso, cada alelo do par é proveniente de um dos genitores das pessoas analisadas.
Sendo assim, em cada região genômica do filho, um alelo do par provém da mãe e o outro foi herdado do pai. Para sabermos a origem (materna ou paterna) de cada alelo do par, devemos analisar a figura fornecida. Na região genômica A, por exemplo, o filho exibe um alelo do tipo 1 (dentre os cinco possíveis) e um do tipo 2. É possível constatar que, para essa mesma região, a mãe exibe dois alelos do tipo 1 (por isso, ela apresenta apenas uma banda 1), enquanto o pai possui um alelo do tipo 2 e um do tipo 5. A partir desses dados, podemos concluir que o alelo 1 do filho só pode ser proveniente da mãe (uma vez que o pai não tem essa variedade). Já o outro alelo do par encontrado no filho (alelo tipo 2) foi herdado necessariamente do pai, pois a mãe não possui essa variedade na região A de seu genoma. Aplicando o mesmo raciocínio às demais regiões genômicas apresentadas, conseguiremos determinar a origem (materna ou paterna) de cada componente dos pares de alelos.
A figura a seguir apresenta essa análise.
Nessa figura, os alelos do filho exibem cores que indicam o genitor de origem (alelos em cor rosa foram herdados da mãe, enquanto os de cor verde são provenientes do pai).
Podemos verificar, então, que os alelos presentes no genoma do filho e que são provenientes dos cromossomos que ele herdou do pai são os seguintes:
– da região genômica A: alelo 2
– da região genômica B: alelo 4
– da região genômica C: alelo 2
– da região genômica D: alelo 1
– da região genômica E: alelo 3
Considerando apenas a sequência dos números dos alelos de origem paterna, temos: 2, 4, 2, 1 e 3.
O DNA não mente. E esse post também não. Se te ajudou a entender mais sobre paternidade, genética e ciência de verdade, assine o blog. E compartilhe antes que alguém diga que foi herança espiritual.




